InfoPed
segunda-feira, 2 de novembro de 2015
Importância dos Jogos e das Brincadeiras na Educação Infantil
Quando abordamos assuntos relacionados à Educação Infantil, sabemos que se trata da faixa etária de zero a cinco anos de idade, conforme recente definição da Lei n.11.114, de 16 de maio de 2005, e que essa faixa etária compreende a primeira etapa da educação básica.
A inserção da criança na instituição da Educação Infantil representa uma das oportunidades dela ampliar os seus conhecimentos na sua nova fase de vida, ela vivência aprendizagens inéditas que passam a compor seu universo, que envolve uma diversidade de relações e de atitudes; maneiras alternativas de comunicação entre as pessoas; o estabelecimento de regras e de limites e um conjunto de valores culturais e morais que são transmitidos a elas.
A aceitação e a utilização de jogos e brincadeiras como uma estratégia no processo de ensinar e do aprender têm ganhado força entre os educadores e pesquisadores nesses últimos anos, por considerarem, em sua grande maioria uma forma de trabalho pedagógico que estimula o raciocínio e favorece a vivência de conteúdos e a relação com situações do cotidiano.
O jogo como estratégia de ensino e de aprendizagem em sala de aula deve favorecer a criança a construção do conhecimento científico, proporcionando a vivência de situações reais ou imaginárias, propondo à criança desafios e instigando-a a buscar soluções para as situações que se apresentam durante o jogo, levando-a a raciocinar, trocar ideias e tomar decisões.
O brincar é, portanto, uma atividade natural, espontânea e necessária para criança, constituindo-se em uma peça importantíssima a sua formação seu papel transcende o mero controle de habilidades. É muito mais abrangente. Sua importância é notável, já que, por meio dessas atividades, a criança constrói o seu próprio mundo. (SANTOS, 1995, p.4).
Em sua visão é pela brincadeira que a criança aprende sobre a natureza, os eventos sociais, a dinâmica interna e a estrutura de seu corpo. A criança que brinca livremente, no seu nível, à sua maneira, não está apenas explorando o mundo ao seu redor, mas também comunicando sentimentos, ideias, fantasias, intercambiando o real e o imaginário.
O brincar está relacionado ao prazer. Uma brincadeira criativa ou não deve sempre proporcionar prazer à criança.
Além disso, enquanto estimula o desenvolvimento intelectual da criança, também ensina, sem que ela perceba, os hábitos mais necessários ao seu crescimento, como persistência, perseverança, raciocínio, companheirismo, entre outros.
Dessa forma, o brincar e o jogar, na Educação Infantil, devem ser visto como uma estratégia utilizada pelo educador e deve privilegiar o ensino dos conteúdos da realidade, tendo o brincar um lugar de destaque no planejamento pedagógico.
O PAPEL DO PROFESSOR COMO AGENTE DE TRANSFORMAÇÃO
Uma vez que o professor é responsável pela orientação, seja teórica, metodológica e técnica, pode-se considerar que, nesse sentido, ele é um agente transformador, tendo em vista que contribui para a transformação dos seus alunos.
Tal realidade exige, portanto consciência crítica de todos os que trabalham com a educação. O importante é saber que ainda hoje não se pode esquecer essa consciência crítica, de questionar diante das políticas educacionais existentes. Para Ruiz (2003, s/p), o profissional da educação precisa ter uma posição muito clara, isto é, primar pela mudança. Para autora:
Os papéis dos profissionais de educação necessitam ser repensado. Esses não podem mais agir de forma neutra nessa sociedade de conflito, não pode ser ausente apoiando-se apenas nos conteúdos, métodos e técnicas, não pode mais ser omisso, pois os alunos pedem uma posição desses profissionais sobre os problemas sociais, mas como alguém que tem opinião formada sobre os assuntos mais emergentes e que está disposto ao diálogo, ao conflito, à problematização do seu saber. (RUIZ, 2003, s/p).
O professor pode ser sim um agente de transformação, principalmente em situações que exigem um posicionamento firme de sua parte. Não apenas na sala de aula, mas na sociedade, no ambiente escolar ou universitário e estar atento ás discussões no que se refere ao mundo à sua volta. É importante, participar de grupos de estudos, envolverem-se em pesquisas, incentivar seus alunos a buscarem sempre a conhecer mais.
O professor, em vez de ser um agente de transformação nos processos de ensino e aprendizagem, é utilizado como instrumento a serviço de interesses que regem os modelos educacionais instituídos nas escolas e nas universidades. Com isso, aqueles profissionais preocupados com a melhoria do ensino e com a educação, são tidos como problema, tendo em vista à concepção conservadora predominante ainda na sociedade.
O professor tem que partir de experiências e conhecimentos dos alunos e oferecer atividades significativas, favorecendo-as compreensão do que está sendo feito por intermédio do estabelecimento de relações entre escola e o meio social.
Informática na Escola
O uso da informática pelas escolas cresce a cada dia, tanto na área administrativa quanto na área pedagógica. Seu uso adequado, oportuniza o desenvolvimento e a organização na construção do pensamento, bem como, desperta o interesse e a curiosidade dos alunos, elementos fundamentais para a construção do conhecimento. “Pesquisas desenvolvidas no Brasil e no Exterior (Carraher, 1996; Carraher & Schliemann, 1992; Valentin, 1995; Spauding & Lake, 1992; Santarosa, 1995; dentre outros) informam que escolas que utilizam computadores no processo de ensinoaprendizagem apresentam melhorias nas condições de estruturação do pensamento do aluno com dificuldades de aprendizagem, compreensão e retenção. Colaboram, também, para melhor aprendizagem de conceitos matemáticos já que o computador pode constituir-se num bom gerenciador de atividades intelectuais, desenvolver a compreensão de conceitos matemáticos, promover o texto simbólico capaz de desenvolver o raciocínio sobre idéias matemáticas abstratas, além de tornar a criança mais consciente dos componentes superiores do processo de escrita” (Moraes, 1998, p.13). Para que a educação utilize a informática de maneira qualitativa, é imprescindível que se articule quatro aspectos: o computador, o software educativo, o professor e o aluno. Estes aspectos interagindo-se trazem benefícios incalculáveis na formação do aluno. Vamos analisar cada um:
O computador
Usá-lo como um instrumento que auxilia na construção do conhecimento e, portanto, ser um recurso com o qual o aluno possa criar, pensar e manipular a informação.
O software educativo
Devem oportunizar uma maior interação entre o aluno, o professor e o ambiente de aprendizagem. Almeja-se que um software apresente as seguintes características:
• Explore a criatividade, a iniciativa e a interatividade, propiciando ao aluno a postura ativa diante da máquina e do sistema;
• Desperte a curiosidade;
• Incentive o trabalho cooperativo e interdisciplinar;
• Propicie a construção do conhecimento;
• Estimule o aluno a propor e resolver problemas.
Professor
Não deve mais ser mero transmissor de conteúdos, mas sim, um orientador, um facilitador da aprendizagem. A formação do professor precisa ser encarada como um processo permanente. As escolas que hoje estão formando os novos educadores necessitam ter como objetivo formar um cidadão que esteja preparado para trabalhar no mundo atual, que seja crítico, tenha condições de criar e principalmente, de se autodesenvolver.
Aluno
Deve utilizar o computador como uma ferramenta que contribui para o seu desenvolvimento no momento atual e no futuro. O aluno deixa de ser passivo para se tornar ativo no seu processo ensino aprendizagem. Ele passa a desenvolver competências e habilidades, como ter autonomia, pensar, criar, aprender e pesquisar.
domingo, 1 de novembro de 2015
EAD - Educação a Distância
A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO BRASIL
Provavelmente, as primeiras experiências em
Educação a Distância no Brasil tenham ficado sem
registro, visto que os primeiros dados conhecidos
são do século XX.
Seguem abaixo alguns acontecimentos que
marcaram a história da Educação a Distância no nosso
país (MAIA & MATTAR, 2007; MARCONCIN,
2010; RODRIGUES, 2010; SANTOS, 2010):• 1904 – o Jornal do Brasil registra, na primeira edição da seção de classificados, anúncio que oferece profissionalização por correspondência para datilógrafo;
• 1923 – um grupo liderado por Henrique Morize e Edgard Roquette-Pinto criou a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro que oferecia curso de Associação Brasileira de Educação a Distância 88 RBAAD – Educação a distância: conceitos e história no Brasil e no mundo Português, Francês, Silvicultura, Literatura Francesa, Esperanto, Radiotelegrafia e Telefonia. Tinha início assim a Educação a Distância pelo rádio brasileiro;
• 1934 – Edgard Roquette-Pinto instalou a Rádio–Escola Municipal no Rio, projeto para a então Secretaria Municipal de Educação do Distrito Federal. Os estudantes tinham acesso prévio a folhetos e esquemas de aulas, e também era utilizada correspondência para contato com estudantes;
• 1939 – surgimento, em São Paulo, do Instituto Monitor, o primeiro instituto brasileiro a oferecer sistematicamente cursos profissionalizantes a distância por correspondência, na época ainda com o nome Instituto Rádio¬ Técnico Monitor;
• 1941 – surge o Instituto Universal Brasileiro, segundo instituto brasileiro a oferecer também cursos profissionalizantes sistematicamente. Fundado por um ex-sócio do Instituto Monitor, já formou mais de 4 milhões de pessoas e hoje possui cerca de 200 mil alunos; juntaram-se ao Instituto Monitor e ao Instituto Universal Brasileiro outras organiza- ções similares, que foram responsáveis pelo atendimento de milhões de alunos em cursos abertos de iniciação profissionalizante a distância. Algumas dessas instituições atuam até hoje. Ainda no ano de 1941, surge a primeira Universidade do Ar, que durou até 1944.
• 1947 – surge a nova Universidade do Ar, patrocinada pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC), Serviço Social do Comércio (SESC) e emissoras associadas. O objetivo desta era oferecer cursos comerciais radiofônicos. Os alunos estudavam nas apostilas e corrigiam exercícios com o auxílio dos monitores. A experiência durou até 1961, entretanto a experiência do SENAC com a Educação a Distância continua até hoje;
• 1959 – a Diocese de Natal, Rio Grande do Norte, cria algumas escolas radiofônicas, dando origem ao Movimento de Educação de Base (MEB), marco na Educação a Distância não formal no Brasil. O MEB, envolvendo a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e o Governo Federal utilizou- -se inicialmente de um sistema rádio-educativo para a democratização do acesso à educação, promovendo o letramento de jovens e adultos;
• 1962 – é fundada, em São Paulo, a Ocidental School, de origem americana, focada no campo da eletrônica;
• 1967 – o Instituto Brasileiro de Administração Municipal inicia suas atividades na área de educação pública, utilizando-se de metodologia de ensino por correspondência. Ainda neste ano, a Fundação Padre Landell de Moura criou seu núcleo de Educação a Distância, com metodologia de ensino por correspondência e via rádio;
• 1970 – surge o Projeto Minerva, um convê- nio entre o Ministério da Educação, a Fundação Padre Landell de Moura e Fundação Padre Anchieta, cuja meta era a utilização do rádio para a educação e a inclusão social de adultos. O projeto foi mantido até o início da década de 1980;
• 1974 – surge o Instituto Padre Reus e na TV Ceará começam os cursos das antigas 5ª à 8ª séries (atuais 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental), com material televisivo, impresso e monitores;
• 1976 – é criado o Sistema Nacional de Teleducação, com cursos através de material instrucional;
• 1979 – a Universidade de Brasília, pioneira no uso da Educação a Distância, no ensino superior no Brasil, cria cursos veiculados por jornais e revistas, que em 1989 é transformado no Centro de Educação Aberta, Continuada, a Distância (CEAD) e lançado o Brasil EAD;
• 1981 – é fundado o Centro Internacional de Estudos Regulares (CIER) do Colégio AngloAmericano que oferecia Ensino Fundamental e Médio a distância. O objetivo do CIER é permitir que crianças, cujas famílias mudem-se Volume 10 – 2011 Associação Brasileira de Educação a Distância 89 temporariamente para o exterior, continuem a estudar pelo sistema educacional brasileiro;
• 1983 – o SENAC desenvolveu uma série de programas radiofônicos sobre orientação profissional na área de comércio e serviços, denominada “Abrindo Caminhos”;
• 1991 – o programa “Jornal da Educação – Edição do Professor”, concebido e produzido pela Fundação Roquete-Pinto tem início e em 1995 com o nome “Um salto para o Futuro”, foi incorporado à TV Escola (canal educativo da Secretaria de Educação a Distância do Ministério da Educação) tornando-se um marco na Educação a Distância nacional. É um programa para a formação continuada e aperfeiçoamento de professores, principalmente do Ensino Fundamental e alunos dos cursos de magistério. Atinge por ano mais de 250 mil docentes em todo o país;
• 1992 – é criada a Universidade Aberta de Brasília, acontecimento bastante importante na Educação a Distância do nosso país;
• 1995 – é criado o Centro Nacional de Educação a Distância e nesse mesmo ano também a Secretaria Municipal de Educação cria a MultiRio (RJ) que ministra cursos do 6º ao 9º ano, através de programas televisivos e material impresso. Ainda em 1995, foi criado o Programa TV Escola da Secretaria de Educação a Distância do MEC;
• 1996 – é criada a Secretaria de Educação a Distância (SEED), pelo Ministério da Educação, dentro de uma política que privilegia a democratização e a qualidade da educação brasileira. É neste ano também que a Educação a Distância surge oficialmente no Brasil, sendo as bases legais para essa modalidade de educação, estabelecidas pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n° 9.394, de 20 de dezembro de 1996, embora somente regulamentada em 20 de dezembro de 2005 pelo Decreto n° 5.622 (BRASIL, 2005) que revogou os Decretos n° 2.494 de 10/02/98, e n° 2.561 de 27/04/98, com normatização definida na Portaria Ministerial n° 4.361 de 2004 (PORTAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃOa , 2010).
• 2000 – é formada a UniRede, Rede de Educação Superior a Distância, consórcio que reúne atualmente 70 instituições públicas do Brasil comprometidas na democratização do acesso à educação de qualidade, por meio da Educação a Distância, oferecendo cursos de graduação, pós-graduação e extensão. Nesse ano, também nasce o Centro de Educação a Distância do Estado do Rio de Janeiro (CEDERJ), com a assinatura de um documento que inaugurava a parceria entre o Governo do Estado do Rio de Janeiro, por intermédio da Secretaria de Ciência e Tecnologia, as universidades públicas e as prefeituras do Estado do Rio de Janeiro.
• 2002 – o CEDERJ é incorporado a Fundação Centro de Ciências de Educação Superior a Distância do Rio de Janeiro (Fundação CECIERJ).
• 2004 – vários programas para a formação inicial e continuada de professores da rede pública, por meio da EAD, foram implantados pelo MEC. Entre eles o Proletramento e o Mídias na Educação. Estas ações conflagraram na criação do Sistema Universidade Aberta do Brasil.
• 2005 – é criada a Universidade Aberta do Brasil, uma parceria entre o MEC, estados e municípios; integrando cursos, pesquisas e programas de educação superior a distância.
• 2006 – entra em vigor o Decreto n° 5.773, de 09 de maio de 2006, que dispõe sobre o exercício das funções de regulação, supervisão e avaliação de instituições de educação superior e cursos superiores de graduação e sequenciais no sistema federal de ensino, incluindo os da modalidade a distância (BRASIL, 2006).
• 2007 – entra em vigor o Decreto nº 6.303, de 12 de dezembro de 2007, que altera dispositivos do Decreto n° 5.622 que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional (BRASIL, 2007). Associação Brasileira de Educação a Distância 90 RBAAD – Educação a distância: conceitos e história no Brasil e no mundo
• 2008 – em São Paulo, uma Lei permite o ensino médio a distância, onde até 20% da carga horária poderá ser não presencial.
• 2009 – entra em vigor a Portaria nº 10, de 02 julho de 2009, que fixa critérios para a dispensa de avaliação in loco e deu outras providências para a Educação a Distância no Ensino Superior no Brasil (BRASIL, 2009).
• 2011 – A Secretaria de Educação a Distância é extinta. Torna-se importante citar que entre as décadas de 1970 e 1980, fundações privadas e organizações não governamentais iniciaram a oferta de cursos supletivos a distância, no modelo de teleducação, com aulas via satélite, complementadas por kits de materiais impressos, demarcando a chegada da segunda geração de Educação a Distância no país. Somente na década de 1990, é que a maior parte das Instituições de Ensino Superior brasileiras mobilizou-se para a Educação a Distância com o uso de novas tecnologias de informação e comunicação. Um estudo realizado por Schmitt et al., 2008, mostrou que no cenário brasileiro, quanto mais transparentes forem as informações sobre a organização e o funcionamento de cursos e programas a distância, e quanto mais conscientes estiveram os estudantes de seus direitos, deveres e atitudes de estudo, maior a credibilidade das instituições e mais bem-sucedidas serão as experiências na modalidade a distância. O Ministério da Educação, por meio da Secretaria de Educação a Distância (SEED), agia como um agente de inovação tecnológica nos processos de ensino e aprendizagem, fomentando a incorporação das tecnologias de informação e comunicação, e das técnicas de Educação a Distância aos métodos didático-pedagógicos. Além disso, promovia a pesquisa e o desenvolvimento, voltados para a introdução de novos conceitos e prá- ticas nas escolas públicas brasileiras (PORTAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃOb , 2010). Devido à extinção recente desta secretaria, seus programas e ações estarão vinculados a novas administrações (PORTAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 2011).
sábado, 31 de outubro de 2015
Princípios e Direitos da Educação On -line
O que é Declaração de Princípios e Direitos da Educação On-line ?
Um grupo formado por 12 especialistas em educação
on-line do mundo se reuniu para elaborar uma Declaração de Princípios e
Direitos da Educação On-line, dentre eles Sebastian Thrun, da Udacity, e
Betsy Corcoran, cofundadora do Edsurge. Durante mais de um mês, eles se
debruçaram sobre os limites éticos do ensino virtual, até onde se pode
ir e que valores respeitar. Eles produziram um documento, traduzido do EdSurge pelo Porvir, com os 9 direitos e 10 princípios da educação no contexto virtual.
“Acreditamos que os cursos on-line podem criar oportunidades de aprendizado significativas e em escala (…). Estamos cientes do quanto ainda não sabemos: que ainda teremos que explorar todo o potencial pedagógico do aprendizado on-line, o quanto isso pode mudar a forma com ensinamos, aprendemos e nos conectamos”, disseram os autores no preâmbulo do documento. Agora eles convidam os interessados no tema a contribuir com o refinamento da declaração. As pessoas podem participar na própria plataforma ou via Twitter usando a hashtag #learnersrights.
Confira, a seguir, o infográfico que resume a declaração e abaixo o texto em português.
crédito Regiany Silva / PorvirDIREITOS
Nós acreditamos que, na nossa cultura, o aprendizado, o desaprendizado e o reaprendizado são fundamentais para a nossa sobrevivência e prosperidade, assim como respirar. Por isso, acreditamos que todos os estudantes têm direitos inalienáveis que se transferem para novos e emergentes ambientes digitais. Eles incluem:
Direito ao acesso
Todos devem ter o direito de aprender: estudantes tradicionais, estudantes não tradicionais, adultos, crianças e professores, independenetemente de gênero, raça, classe social, orientação sexual, situação econômica, nacionalidade, condições físicas em qualquer lugar do mundo. A aprendizagem deve ser acessível e disponível, oferecida em diversos formatos, para alunos que estão em um lugar específico ou aqueles que estão em algum lugar remoto, adaptando-se aos diferentes estilos de vida das pessoas, às necessidades de mobilidade e horários. A aprendizagem on-line tem o potencial de garantir que este direito seja uma realidade para uma maior porcentagem da população mundial, algo antes impossível.
Direto à privacidade
A privacidade dos alunos é um direito inalienável, não importando o lugar onde o aluno aprenda, seja física ou virtualmente. Os estudantes têm o direito de saber como os dados de sua participação foram coletados pela plataforma on-line e como serão usados pela organização e se estarão disponíveis para terceiros. Quem oferece o ensino deve ser claro quanto às implicações que as escolhas dos alunos têm em sua privacidade.
Direito de criar conhecimento público
Aprendizes em comunidades digitais e globais têm o direito de trabalhar, organizar-se em rede e contribuir para o conhecimento público; partilhar suas ideias e seu aprendizado de forma visível e conectada, se assim o desejarem. Os cursos devem incentivar a participação aberta e envolvimento significativo com o público real onde for possível, incluindo os pares e o público em geral.
Direito à propriedade intelectual
Os estudantes também têm o direito de criar e ter propriedade intelectual e dados associados a sua participação em cursos on-line. Programas on-line devem encorajar a abertura e o compartilhamento, já que entre os seus deveres, está o de educar os alunos sobre como proteger e licenciar seus dados e trabalhos criativos. Qualquer mudança em termos de serviço deve ser claramente comunicada por quem está oferecendo o serviço e elas nunca poderão contrariar os termos originais de prividade e de propriedade intelectual com os quais os estudantes concordaram.
Direito à transparência financeira
Os estudantes têm o direito de saber como a sua participação suporta a saúde financeira do sistema on-line do qual faz parte. Eles têm o direito à justiça, à honestidade e a uma contabilidade financeira transparente. Isso também deve ser verdade para os cursos gratuitos. A instituição que oferece o curso deve dar explicações claras sobre as implicações financeiras das escolhas dos alunos.
Direito à transparência pedagógica
Os estudantes têm o direito de entender os resultados esperados – do ponto de vista educacional, vocacional ou mesmo filosófico – de um programa ou de uma iniciativa on-line. Se uma condecoração, uma menção honrosa ou um certificado é prometido por quem oferece o curso, sua autenticidade, significado, seu reconhecimento histórico ou pretendido (por empregadores ou instituições acadêmicas, por exemplo) devem estar claramente estabelecidos e explicados.
Direito à qualidade e ao cuidado
Estudantes têm direito ao cuidado, à diligência, comprometimento, honestidade e inovação. A eles não está sendo vendido um produto – muito menos eles são produtos a serem vendidos. Eles não são apenas consumidores. A educação se baseia em confiança. O aprendizado, e não o lucro, é o principal objetivo da educação.
Direito de ter professores excelentes
Todos os alunos precisam de professores reflexivos, facilitadores, mentores e parceiros na aprendizagem; precisam também de ambientes de aprendizagem atentos às suas metas e necessidades específicas. Enquanto apenas alguns são a favor de comunidades de aprendizagem, todos nós reconhecemos que, em contextos educativos formais, os alunos devem esperar – na verdade, até exigir – que as pessoas que estão organizando, orientando e facilitando a sua aprendizagem on-line sejam financeira, intelectual e pedagogicamente valorizadas e apoiadas por instituições de ensino superior e pela sociedade. A experiência dos professores e suas condições de trabalho são as condições de aprendizagem dos alunos.
Direito de ser professor
Em um ambiente on-line, professores não precisam mais ser as únicas autoridades. Em vez disso, devem compartilhar responsabilidades com os alunos. Estudantes podem participar e ajudar a moldar o aprendizado uns dos outros por meio da interação entre pares, novos conteúdos, do aprimoramento dos materiais de aprendizagem e da formação de redes virtuais e reais. Estudantes têm o direito de participar da construção do próprio aprendizado. Estudantes são atores, pensadores, colaboradores e não apenas receptores passivos das aulas ou métodos de alguém. Eles são colaboradores críticos em suas áreas de interesse, disciplinas e do projeto de educação.
PRINCÍPIOS
Os pontos que se seguem são os princípios para os quais o aprendizado on-line deveria apontar. Nós acreditamos que o mérito de cursos específicos, programas e iniciativas podem ser julgados pela adesão a esses princípios. Seu sucesso também pode ser medido pelo incentivo a estudantes e professores para que busquem e criem ambientes de aprendizado digital que fortaleçam esses princípios.
Contribuição global
O aprendizado on-line deveria emergir de todo o mundo, não apenas dos EUA e outros países tecnologicamente mais avançados. Os melhores cursos serão globais em design e colaboração, oferencendo perspectivas múltiplas e envolvendo vários países. Eles devem maximizar oportunidades para que estudantes de diferentes países colaborarem uns com os outros, contribuam com conhecimento e histórias locais e aprendam com os métodos, valores, conhecimentos e pontos de vista de seus pares.
Valores
A função do aprendizado é permitir que os estudantes se preparem para enfrentar os desafios e demandas da vida e do trabalho. O aprendizado on-line pode servir como um meio para desenvolver habilidades. Ele também pode dar o suporte para o aperfeiçoamento, o envolvimento da comunidade, o desafio intelectual ou a diversão. Todas estas funções são válidas.
Flexibilidade
Os estudantes devem ter opções para o aprendizado on-line. Elas não devem ser apenas uma cópia dos cursos das universidades convencionais. Os melhores programas de ensino on-line não vão apenas replicar formatos pré-existentes de ensino universitário, mas vão oferecer uma série de oportunidades flexíveis de aprendizado. Tais oportunidades se valem de novas ferramentas digitais e pedagógicas para ampliar os horizontes tradicionais e, assim, atender melhor os interesses dos alunos do século 21 e as demandas de um aprendizado para a toda a vida. A ideia é que os alunos também deem sugestões e apoiem as novas formas de pesquisa interdisciplinar, que não são mais dependentes das fontes tradicionais.
Aprendizado híbrido
Sem amarras a tempos ou espaços, a aprendizagem on-line deve estar conectada com vários locais do mundo, e não exclusivamente localizada no mundo digital. Essa conexão com o mundo real pode acontecer por meio de estágios ou mesmo da resolução de problemas baseados, por exemplo, em dilemas existentes ou a partir de uma comparação histórica ou perspectivas culturais.
Persistência
O processo de aprendizagem acontece ao longo da vida, e não apenas em um período específico. As divisões muito nítidas que existiam entre trabalho, educação e diversão parecem não fazer mais sentido no século 21. A aprendizagem começa em um playground e, ao longo da vida, continua em outros playgrounds, em espaços individuais e compartilhados de trabalho, em comunidades. A aprendizagem até pode ser avaliada, mas não deve se voltar exclusivamente para a avaliação.
Inovação
As inovações técnicas e pedagógicas devem ser a marca dos melhores ambientes de aprendizagem. Os alunos aprendem de diferentes formas e, por isso, devem ser auxiliados por meio de uma grande variedade de abordagens pedagógicas, de ferramentas de aprendizagem, de métodos e práticas distintos. O aprendizado on-line deve ser flexível, dinâmico e individualizado, em vez de enlatado ou padronizado. Um formato ou abordagem não é o único apropriado para todo mundo.
Avaliação formativa
Os alunos devem ter a oportunidade de rever e reaprender até atingir o nível de domínio desejado em um tema ou uma habilidade. Os programas devem se esforçar para transformar a avaliação em um processo rico de feedback, centrado no aluno, no qual os alunos recebem informações constantes e destinadas a orientar os seus caminhos de seu aprendizado. Em termos pedagógicos, isso significa dar ênfase a uma avaliação individualizada e a ser completada em um tempo específico, em de ser aplicada no “fim do aprendizado”. Da mesma forma, os professores devem usar a avaliação para melhorar suas práticas em sala de aula. A avaliação só é útil na medida em que ajuda a promover a cultura de sucesso e prazer em aprender.
Experimentação
Experimentação deve ser uma base reconhecida e benéfica da aprendizagem on-line. Os alunos devem estar aptos a experimentar um curso e abandoná-lo sem que isso incorra em rótulos pejorativos, tais como insuficiência (para o estudante ou a instituição que oferece o curso). Por meio da discussão aberta sobre os pontos fortes e fracos dos programas, a indústria deve desenvolver, em grupo, guias de avaliação para ajudar os alunos na escolha do melhor curso on-line que se adapte às suas necessidades.
Civilidade
Os cursos devem incentivar a interação e colaboração entre os estudantes, onde quer que isso agregue à experiência de aprendizado. Tais programas devem encorajar as contribuições de conteúdo, perspectivas, métodos, refletindo sobre seus próprios pontos de vista culturais e individuais. Programas ou iniciativas de aprendizagem on-line têm a responsabilidade de compartilhar essas contribuições em uma atmosfera de integridade e respeito. Os alunos têm o direito e a responsabilidade de promover e participar de forma generosa, gentil e construtiva dentro do seu ambiente de aprendizagem.
Brincadeira
A educação on-line aberta deve inspirar o inesperado, a experimentação e o questionamento – em outras palavras, incentivar a brincadeira. Brincar permite a familiarização com as coisas novas, o aperfeiçoamento de novas habilidades, a experimentação dos movimentos e, mais importante, abertura para abraçar a mudança – um ponto-chave para o sucesso no século 21. Devemos cultivar a imaginação e a disposição para questionar, mexer e se conectar. Devemos lembrar que o melhor aprendizado, acima de tudo, transmite o dom da curiosidade, a maravilha da realização, e a paixão por conhecer e aprender cada vez mais.
“Acreditamos que os cursos on-line podem criar oportunidades de aprendizado significativas e em escala (…). Estamos cientes do quanto ainda não sabemos: que ainda teremos que explorar todo o potencial pedagógico do aprendizado on-line, o quanto isso pode mudar a forma com ensinamos, aprendemos e nos conectamos”, disseram os autores no preâmbulo do documento. Agora eles convidam os interessados no tema a contribuir com o refinamento da declaração. As pessoas podem participar na própria plataforma ou via Twitter usando a hashtag #learnersrights.
Confira, a seguir, o infográfico que resume a declaração e abaixo o texto em português.
crédito Regiany Silva / PorvirDIREITOS
Nós acreditamos que, na nossa cultura, o aprendizado, o desaprendizado e o reaprendizado são fundamentais para a nossa sobrevivência e prosperidade, assim como respirar. Por isso, acreditamos que todos os estudantes têm direitos inalienáveis que se transferem para novos e emergentes ambientes digitais. Eles incluem:
Direito ao acesso
Todos devem ter o direito de aprender: estudantes tradicionais, estudantes não tradicionais, adultos, crianças e professores, independenetemente de gênero, raça, classe social, orientação sexual, situação econômica, nacionalidade, condições físicas em qualquer lugar do mundo. A aprendizagem deve ser acessível e disponível, oferecida em diversos formatos, para alunos que estão em um lugar específico ou aqueles que estão em algum lugar remoto, adaptando-se aos diferentes estilos de vida das pessoas, às necessidades de mobilidade e horários. A aprendizagem on-line tem o potencial de garantir que este direito seja uma realidade para uma maior porcentagem da população mundial, algo antes impossível.
Direto à privacidade
A privacidade dos alunos é um direito inalienável, não importando o lugar onde o aluno aprenda, seja física ou virtualmente. Os estudantes têm o direito de saber como os dados de sua participação foram coletados pela plataforma on-line e como serão usados pela organização e se estarão disponíveis para terceiros. Quem oferece o ensino deve ser claro quanto às implicações que as escolhas dos alunos têm em sua privacidade.
Direito de criar conhecimento público
Aprendizes em comunidades digitais e globais têm o direito de trabalhar, organizar-se em rede e contribuir para o conhecimento público; partilhar suas ideias e seu aprendizado de forma visível e conectada, se assim o desejarem. Os cursos devem incentivar a participação aberta e envolvimento significativo com o público real onde for possível, incluindo os pares e o público em geral.
Direito à propriedade intelectual
Os estudantes também têm o direito de criar e ter propriedade intelectual e dados associados a sua participação em cursos on-line. Programas on-line devem encorajar a abertura e o compartilhamento, já que entre os seus deveres, está o de educar os alunos sobre como proteger e licenciar seus dados e trabalhos criativos. Qualquer mudança em termos de serviço deve ser claramente comunicada por quem está oferecendo o serviço e elas nunca poderão contrariar os termos originais de prividade e de propriedade intelectual com os quais os estudantes concordaram.
Direito à transparência financeira
Os estudantes têm o direito de saber como a sua participação suporta a saúde financeira do sistema on-line do qual faz parte. Eles têm o direito à justiça, à honestidade e a uma contabilidade financeira transparente. Isso também deve ser verdade para os cursos gratuitos. A instituição que oferece o curso deve dar explicações claras sobre as implicações financeiras das escolhas dos alunos.
Direito à transparência pedagógica
Os estudantes têm o direito de entender os resultados esperados – do ponto de vista educacional, vocacional ou mesmo filosófico – de um programa ou de uma iniciativa on-line. Se uma condecoração, uma menção honrosa ou um certificado é prometido por quem oferece o curso, sua autenticidade, significado, seu reconhecimento histórico ou pretendido (por empregadores ou instituições acadêmicas, por exemplo) devem estar claramente estabelecidos e explicados.
Direito à qualidade e ao cuidado
Estudantes têm direito ao cuidado, à diligência, comprometimento, honestidade e inovação. A eles não está sendo vendido um produto – muito menos eles são produtos a serem vendidos. Eles não são apenas consumidores. A educação se baseia em confiança. O aprendizado, e não o lucro, é o principal objetivo da educação.
Direito de ter professores excelentes
Todos os alunos precisam de professores reflexivos, facilitadores, mentores e parceiros na aprendizagem; precisam também de ambientes de aprendizagem atentos às suas metas e necessidades específicas. Enquanto apenas alguns são a favor de comunidades de aprendizagem, todos nós reconhecemos que, em contextos educativos formais, os alunos devem esperar – na verdade, até exigir – que as pessoas que estão organizando, orientando e facilitando a sua aprendizagem on-line sejam financeira, intelectual e pedagogicamente valorizadas e apoiadas por instituições de ensino superior e pela sociedade. A experiência dos professores e suas condições de trabalho são as condições de aprendizagem dos alunos.
Direito de ser professor
Em um ambiente on-line, professores não precisam mais ser as únicas autoridades. Em vez disso, devem compartilhar responsabilidades com os alunos. Estudantes podem participar e ajudar a moldar o aprendizado uns dos outros por meio da interação entre pares, novos conteúdos, do aprimoramento dos materiais de aprendizagem e da formação de redes virtuais e reais. Estudantes têm o direito de participar da construção do próprio aprendizado. Estudantes são atores, pensadores, colaboradores e não apenas receptores passivos das aulas ou métodos de alguém. Eles são colaboradores críticos em suas áreas de interesse, disciplinas e do projeto de educação.
PRINCÍPIOS
Os pontos que se seguem são os princípios para os quais o aprendizado on-line deveria apontar. Nós acreditamos que o mérito de cursos específicos, programas e iniciativas podem ser julgados pela adesão a esses princípios. Seu sucesso também pode ser medido pelo incentivo a estudantes e professores para que busquem e criem ambientes de aprendizado digital que fortaleçam esses princípios.
Contribuição global
O aprendizado on-line deveria emergir de todo o mundo, não apenas dos EUA e outros países tecnologicamente mais avançados. Os melhores cursos serão globais em design e colaboração, oferencendo perspectivas múltiplas e envolvendo vários países. Eles devem maximizar oportunidades para que estudantes de diferentes países colaborarem uns com os outros, contribuam com conhecimento e histórias locais e aprendam com os métodos, valores, conhecimentos e pontos de vista de seus pares.
Valores
A função do aprendizado é permitir que os estudantes se preparem para enfrentar os desafios e demandas da vida e do trabalho. O aprendizado on-line pode servir como um meio para desenvolver habilidades. Ele também pode dar o suporte para o aperfeiçoamento, o envolvimento da comunidade, o desafio intelectual ou a diversão. Todas estas funções são válidas.
Flexibilidade
Os estudantes devem ter opções para o aprendizado on-line. Elas não devem ser apenas uma cópia dos cursos das universidades convencionais. Os melhores programas de ensino on-line não vão apenas replicar formatos pré-existentes de ensino universitário, mas vão oferecer uma série de oportunidades flexíveis de aprendizado. Tais oportunidades se valem de novas ferramentas digitais e pedagógicas para ampliar os horizontes tradicionais e, assim, atender melhor os interesses dos alunos do século 21 e as demandas de um aprendizado para a toda a vida. A ideia é que os alunos também deem sugestões e apoiem as novas formas de pesquisa interdisciplinar, que não são mais dependentes das fontes tradicionais.
Aprendizado híbrido
Sem amarras a tempos ou espaços, a aprendizagem on-line deve estar conectada com vários locais do mundo, e não exclusivamente localizada no mundo digital. Essa conexão com o mundo real pode acontecer por meio de estágios ou mesmo da resolução de problemas baseados, por exemplo, em dilemas existentes ou a partir de uma comparação histórica ou perspectivas culturais.
Persistência
O processo de aprendizagem acontece ao longo da vida, e não apenas em um período específico. As divisões muito nítidas que existiam entre trabalho, educação e diversão parecem não fazer mais sentido no século 21. A aprendizagem começa em um playground e, ao longo da vida, continua em outros playgrounds, em espaços individuais e compartilhados de trabalho, em comunidades. A aprendizagem até pode ser avaliada, mas não deve se voltar exclusivamente para a avaliação.
Inovação
As inovações técnicas e pedagógicas devem ser a marca dos melhores ambientes de aprendizagem. Os alunos aprendem de diferentes formas e, por isso, devem ser auxiliados por meio de uma grande variedade de abordagens pedagógicas, de ferramentas de aprendizagem, de métodos e práticas distintos. O aprendizado on-line deve ser flexível, dinâmico e individualizado, em vez de enlatado ou padronizado. Um formato ou abordagem não é o único apropriado para todo mundo.
Avaliação formativa
Os alunos devem ter a oportunidade de rever e reaprender até atingir o nível de domínio desejado em um tema ou uma habilidade. Os programas devem se esforçar para transformar a avaliação em um processo rico de feedback, centrado no aluno, no qual os alunos recebem informações constantes e destinadas a orientar os seus caminhos de seu aprendizado. Em termos pedagógicos, isso significa dar ênfase a uma avaliação individualizada e a ser completada em um tempo específico, em de ser aplicada no “fim do aprendizado”. Da mesma forma, os professores devem usar a avaliação para melhorar suas práticas em sala de aula. A avaliação só é útil na medida em que ajuda a promover a cultura de sucesso e prazer em aprender.
Experimentação
Experimentação deve ser uma base reconhecida e benéfica da aprendizagem on-line. Os alunos devem estar aptos a experimentar um curso e abandoná-lo sem que isso incorra em rótulos pejorativos, tais como insuficiência (para o estudante ou a instituição que oferece o curso). Por meio da discussão aberta sobre os pontos fortes e fracos dos programas, a indústria deve desenvolver, em grupo, guias de avaliação para ajudar os alunos na escolha do melhor curso on-line que se adapte às suas necessidades.
Civilidade
Os cursos devem incentivar a interação e colaboração entre os estudantes, onde quer que isso agregue à experiência de aprendizado. Tais programas devem encorajar as contribuições de conteúdo, perspectivas, métodos, refletindo sobre seus próprios pontos de vista culturais e individuais. Programas ou iniciativas de aprendizagem on-line têm a responsabilidade de compartilhar essas contribuições em uma atmosfera de integridade e respeito. Os alunos têm o direito e a responsabilidade de promover e participar de forma generosa, gentil e construtiva dentro do seu ambiente de aprendizagem.
Brincadeira
A educação on-line aberta deve inspirar o inesperado, a experimentação e o questionamento – em outras palavras, incentivar a brincadeira. Brincar permite a familiarização com as coisas novas, o aperfeiçoamento de novas habilidades, a experimentação dos movimentos e, mais importante, abertura para abraçar a mudança – um ponto-chave para o sucesso no século 21. Devemos cultivar a imaginação e a disposição para questionar, mexer e se conectar. Devemos lembrar que o melhor aprendizado, acima de tudo, transmite o dom da curiosidade, a maravilha da realização, e a paixão por conhecer e aprender cada vez mais.
Informática na Educação Brasileira
História da Informática no Brasil
1979 - É criada a Secretaria Especial de Informática ( SEI)
1981 - Realização do I SeminárioNacional de Informática na Aprovação do documento: Subsídios para aEducação, Brasília/DF, UNB.Promoção MEC/SEI/CNPq. Implantação do Programa Nacional de Informática na Educação - MEC/SEI/CNPq/FINEP
1982 - Realização II Seminário Nacional de Informática na Educação, UFBa/Salvador/Bahia Surge o primeiro.
1983 - Criação da Comissão Especial Nº projeto de 11/83 Informática na Educação, informática, o Portaria SEI/CSN/PR Nº 001 de EDUCOM 01/83. Publicação do Comunicado SEI solicitando a apresentação de projetos para a implantação de centros-piloto junto as universidades. Publicação do documento: Diretrizes para o estabelecimento da Política de Informática no Setor de Educação, Cultura e Desporto, aprovado pela Comissão de Coordenação Geral do MEC, em 26/10/82 Aprovação do Regimento Interno do Centro de Informática.
1984 - Educativa CENIFOR/FUNTEVÊ_, Portaria nº 27, de 29/03/84.Assinatura do Protocolo de IntençõesMEC/SEI/CNPq/FINEP/ FUNTEVÊ_para a implantação dos centros-piloto edelegação de competência aoCENIFOR.
Expedição do Comunicado SEI/SS nº 19, informando subprojetos selecionados:UFRGS, UFRJ, UFMG, UFPe e UNICAMP.
1985 - Aprovação do novo Aprovação Plano Setorial: Regimento Interno do Educação e Informática pelo CENIFOR , Portaria CONIN/PR. FUNTEVÊ_ nº246, de 14/08/85 Aprovação do Programa de Ação Imediata em Informática naCriação do Comitê Educação.Assessor deInformática naEducação de 1º e 2ºgraus - CAIE/SEPS.
1986 - Instituição do I Concurso Nacional de "Software" Educacional e da Comissão de Avaliação do Projeto EDUCOM Extinção do CAIE/SEPS e criação do CAIE/MEC.
1987 - Coordenação e Supervisão Técnica do Projeto EDUCOM é transferida para a SEINF/MEC.Realização da Jornada deTrabalho de Informáticana Educação: Subsídiospara políticas, UFSC,Florianópolis/SC. Lançamento do II Concurso Nacional de Software Educacional. Implementação do Projeto FORMAR I, Curso de Especialização em Informática na Educação, realizado na UNICAMP. Início da Implantação dos CIEd.
1988 - Realização do III Concurso Nacional de Software Educacional .
1989 - Realização da Jornada de Trabalho Luso Realização do II Curso de Latino-Americana de Especialização em Informática na Informática na Educação - FORMAR II Educação, promovida pela OEA e INEP/MEC, PUC/Petrópolis/RJ. Instituição do Programa Nacional de Informática Educativa PRONINFE na Secretaria-Geral do MEC.
1990 - Reestruturação ministerial e transferência do PRONINFE para a SENETE/MEC.Integração de Metas eobjetivos doPRONINFE/MEC noPLANIN/MCT. Aprovação do Regimento Interno do PRONINFE. Aprovação do Plano Trienal de Ação Integrada - 1990/1993.
1992 - Criação de rubrica específica para ações de informática educativa no orçamento da União.
1997 - Lançamento do Programa Nacional de Informática na Educação PROINFO. Aquisição de 100.000 computadores e formação de 25.000 professores. Projeto Ensino On line.
1999 - IV Encontro Nacional de Multiplicadores
2005/07 - Projeto um computador por aluno (UCA)
2010/12 - Em 2010, o projeto Um computador por aluno continua. Cenário Atual.
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